Futuro no Presente

Futuro no Presente
Você é no seu Presente o que fez em seu Passado, e será no seu Futuro, o que faz em seu Presente...

domingo, 6 de março de 2011

Então, Alfa & Ômega, Continued

Será que é possível saber quando o amor entre duas pessoas realmente acaba? Será que dá para esquecer tudo de bom que se passou junto? O dia em que se conheceram, a primeira troca de olhares, a primeira conversa, o primeiro abraço... Como a amizade foi se desenvolvendo até que ambos se tocassem que não dava mais para viver só com a amizade um do outro.
O frio na barriga na declaração, no primeiro beijo. A emoção ao ver que pela primeira vez a pessoa te ligou ou te mandou uma mensagem. Quando ela te adicionou no Orkut, no Facebook e mandou um recado suuper fofo e te adicionou no MSN. É quando você percebe que não dá mais atenção a ninguém no MSN e não para de conversar com a pessoa que você gosta, e fala tudo sobre sua vida, sem se importar se conhece a pouco tempo, você já confia tanto na pessoa que não há limitações, em pouco tempo ela já sabe muito mais da metade da sua vida.
E então você começa a ter medo de estar realmente se apaixonando por essa pessoa, e você tem medo de estragar a amizade e dar tudo errado, mas ao mesmo tempo você não enxerga mais nada que possa te impedir de ser feliz com ela. Você decide dar uma chance, sabendo que mesmo seu coração estando magoado para um relacionamento, talvez essa pessoa saiba como curá-lo, então você o entrega a ela, sabendo que com tempo e o amor, ainda há esperança para curá-lo.
Então acontece em um dia especial na sua vida, como em uma cena de novela - o primeiro beijo. E depois dele você percebe que realmente a pessoa te faz bem em todos os aspectos. Mas mesmo assim você ainda tem medo e resolve pensar bem em como agir. Sabe que se ficar longe da pessoa vai ser ruim, e ao mesmo tempo tem medo de se apegar mais a pessoa e acabar se machucando ainda mais, pois assim foi com a outra pessoa a qual te magoou tanto.
O tempo passa e você se apega mais e mais a pessoa, mesmo fazendo coisas erradas que a machuca e que no final acaba te machucando também. Então você resolve se acertar definitivamente, pedir perdão por tudo e promete que não vai mais acontecer. Finalmente você está se preparando para entrar na vida pessoa.
Então começam a ocorrer as primeiras vezes: a primeira visita na casa da pessoa, ainda como “amigos” é claro, é hora de conhecer “a sogra”, “o sogrão”, talvez o cunhado, a cunhada, então o melhor é ir com calma. Acontece a primeira vez que vocês saem, o primeiro riso juntos, a primeira transmissão de pensamento, o primeiro ovo de páscoa de presente que você ganhou “do (a) amigo (a)”, assim como contou em casa, começa a aprender a gostar de uma banda ou de qualquer coisa para agradar o (a) amado (a).

O tempo passa e você percebe que o medo passou e não há nada mais impedindo de vocês se chamarem de “namorados”, era só o que faltava, vocês já se gostam muito a ponto de passarem horas ou virar a noite conversando no telefone, perder o sono por causa dessa pessoa, sonhar sempre com ela, aqueles sonhos lindos e maravilhosos, que você gostaria muito que acontecessem na verdade. Então um dia após uma definitiva conversa, vocês começam a namorar, e você está tão emocionada (o) que não consegue se conter e chora ao falar pela primeira vez “boa noite namorado (a)”. A primeira mensagem escrito “Te amo muito, namorada (o)”, que faz você se apaixonar cada segundo mais. O primeiro beijo como namorados, como se fosse algo mágico, andar de mãos juntas, entrelaçadas. O primeiro carinho público. Os depoimentos de namorados super melosos. Sim, vocês se amam! Vocês já tem a brincadeirinha de namoradinhos, as conversas que só vocês entendem, tudo como em um mais belo filme americano de comédia romântica que tudo sempre dá certo no final.
Você vai dormir pela primeira vez na casa daquela pessoa, e ela na sua, em quartos separados sobre os olhares preocupados dos pais, olhar de medo na verdade. Eles já tiveram a nossa idade! Sabe-se lá o que pode rolar ao brilho do luar sobre os tetos de nossas casas.
Tudo é uma maravilha, você mata aula pra ficar mais tempo, marca os dias de namoro da semana, e tudo na sua vida agora é voltado só para essa pessoa. Nas festas da família sempre é um orgulho ter que pôr mais um lugar a mesa para seu (a) amado (a). Isso nunca tinha acontecido, e aquele momento é tão gostoso, é quando você sente orgulho de ser parceiro (a) daquela pessoa, e você fica orgulhoso (a) sempre que houve “olha lá, hein, cuida muito bem porque essa menina (o) é um tesouro muito precioso!”. Dá aquele sentimento de poder, não!?
Tudo vai as mil maravilhas, até a primeira briga foi boa, você viu o quanto é gostoso a reconciliação, já passou o primeiro cinema que você não viu um minuto do filme, a primeira praia, o primeiro passeio, a primeira fugida, a primeira troca de presente no dia dos namorados, os planos para o futuro, nome dos filhos, o pensamento de como vocês seriam um casal lindo, doido e engraçado, aqueles friozinhos na barriga que mesmo depois de tanto tempo juntos ainda ocorrem sempre que a pessoa chega perto ou vem te dar aquele beijo. É tão bom, faz sempre lembrar da primeira vez, tantas coisas boas e inesquecíveis, umas engraçadas, outras tristes mas que depois se tornaram lembranças únicas.
  
Só que o que vocês acabam se perdendo em algum lugar no caminho, ninguém mais sabe dizer onde está o erro, então você começa a lutar contra isso, faz de tudo para dar certo. Mas parece ser só você, então o erro começa a ficar muito visível na outra pessoa, é quando você percebe que não está mais da mesma forma, mas depois de tanto tempo, tantas coisas, planos, decisões, depois de tudo, o que pode estar saindo errado agora? Tudo começa a desmoronar, você começa lutar para que isso não aconteça, só que isso é mais forte que você e depois de você lutar tanto, fazer tantas coisas, abrir de mão da sua própria vida, você começa a perceber que realmente o erro não está em você e sim, com você. Já é tarde, todo o esforço até ali só serviu para que você se preparasse para o pior, mas o que acontece é que você já está cansada (o), derrotada (o) e muito machucada (o) da batalha que passou sozinha (o), mas só ele (a) não viu! Como? Não há respostas.
Mesmo depois do fim, você ainda vai lembrar-se de tudo e reviver tudo como se o primeiro aniversário de namoro tivesse sido ontem. A felicidade que não pode mais ser vivida é tamanha, que sempre acaba se tornando lágrimas. As lágrimas de boas recordações que caem a cada vez que você lembra daquele momento, vê aquela foto, ouve aquela música, passa por aquele lugar, deita naquela cama, encosta a cabeça no travesseiro e olha para o teto sem ter o que fazer, e até quando você passa aquele sábado solitário. Mas as lágrimas não doem, o que dói é o motivo que as fazem cair, a solidão. Então não vou querer parar de chorar, mas também não posso fazer parar de doer, não agora.

Se o tempo é o pai da sabedoria que ele venha me dar aula e faça tudo passar rápido e depois vá conversar com a filha dele pra ver se eu tenho mais razão do que emoção. Afrodite que se foda!
Uma coisa que é preciso você botar na cabeça é que: Sim, seria tão diferente, se as coisas que gostamos não terminassem de repente, e se os momentos da vida durassem para sempre, se cada sorriso no rosto fosse pleno e quando chorássemos fosse só de alegria, se cada abraço fosse imortalizado e cada conversa fosse gravada minuciosamente, se as amizades fossem multiplicadas e os desentendimentos esquecidos no próximo segundo, se os amores de nossas vidas fossem eternos e se nossos irmãos nunca partissem... Mas a vida é diferente e deve ser vivida plenamente. Cada dia é uma história, cada passo uma conquista e cada pedra no caminho é uma forma de amadurecimento. E mesmo que o tempo passe, e que as coisas mudem, é olhando para trás que nos damos conta que simplesmente vivemos. Então vamos viver cada dia como se fosse o último (falar é fácil viver é difícil), mas vamos tentar ser felizes e dar uma oportunidade pra vida! Se não todas as oportunidades vão passar e você vai dar tchau e jogar beijinho sem ao menos perceber que elas passaram bem embaixo do seu nariz! Então se mostre ao mundo, pare de se esconder e seja feliz! Have a nice day! Carpe Diem!



terça-feira, 1 de março de 2011

Ter ou Não Ter Namorado




Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz.Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

(Carlos Drumond de Andrade)

Amnésia, remédio ou solução?

Como se pode esquecer algo que não se quer? Como achar facilmente a fórmula do esquecimento? Como se consegue uma amnésia emocional? Nada é tão fácil o quanto parece, não é porque eu preciso de algo, que vou querer. Mesmo que seja algo bom, que me traga felicidade, na verdade eu não desejo isso, não agora. Não ter que matar todos os planos, expectativas e ainda a paixão. O que me faria feliz agora era seguir em frente sem que eu possa me abalar por causa de meu passado. Mas se eu anseio pelo meu passado em meu futuro, como poderei me livrar dele em meu presente? Não há explicação lógica, aqui emoção passa pela razão sem que ela tenha direito apenas de se pronunciar ou se defender. A emoção por mais que esteja seguindo no caminho da escuridão, ainda pode ver a luz do luar. E essa fraca luz, porém bela em todo caso, que ainda é meu fio de esperança, até porque ela é “a última que morre”.
Não é normal que alguém em sã consciência goste de sofrer, mas sofrer em sã consciência de que ainda existe esperança para a felicidade é até certo ponto compreensível. Por isso quero continuar nesse caminho até que eu descubra que a fé acabou, que a esperança morreu e que meu mundo terá que ser mudado. Mas isso não é algo que eu descubra sozinha, e sim, algo que precisa ser dito, algo que não irá partir de mim...
MORAL:  A saudade é algo que nos fere aos poucos, fazendo crescer a vontade incontrolável de encontrar a pessoa amada. Quando você se encontra apaixonada, o tempo parece lutar contra você. Cada minuto longe dele parece um dia, e cada dia se iguala há séculos. Momentos que fazem seu pensamento voar longe, e que faz a saudade tomar conta do seu pobre coração, que quer somente se reencontrar com aquele que o enfeitiçou. As horas passam lentamente, e o dia acaba se tornando algo insuportável. Nada mais importa, seu único desejo é matar aquele sentimento que tortura. O ser amado esta cada vez mais presente nos seus pensamentos e o amor parece crescer a cada instante. Longe dele seu mundo parece ser vazio, cada musica que escuta faz seu coração lembrar do seu amor, cada casal que você vê, faz você pensar que ali, naquele momento, seu amor poderia estar com você, porém se conforma em ter ele dentro do coração e totalmente presente na sua mente, na sua alma.